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Filme De Amor 2003: Um final de semana de sonho, prazer e esquecimento



Não era fácil catar Bressane de jeito. O cineasta tinha apenas três dias em Locarno, e queria usar seu tempo para assistir o máximo possível de filmes da retrospectiva de Leo McCarey, cuja obra fora resgatada pelo festival.




Filme De Amor 2003



achei engraçada a semelhança com o Limite no começo do filme: duas mulheres e um homem pelo mar e num pós alguma coisa. depois são mostrados os percursos de cada um até se encontrarem, e os planos são inventivos. o bressane parece que diz que colocou um homem no lugar do que seria a 3a mulher do mito das três graças pra modernizar a estrutura deste, mas a ponte com o limitão parece ser meio grande. posso estar bem enganada.


Bressane como de praxe nessa sua fase século XXI faz um filme que consegue mediar muito bem o aspecto sensorial com a força do texto. Tem algo aí no meio que me lembrou "The Addiction", do Ferrara.


Três amigos dentro de um apartamento ao longo de um fim de semana regado a conversas cults e muito sexo? Porra, é o filme que um Gaspar Noé da vida sonha em fazer e, provavelmente, nunca vai conseguir com a qualidade de um Bressane! O cineasta brasileiro pode até filmar sexo explícito, mas ele não se preocupa só com o que está mostrando, mas como está: daí deixa a gente sem palavras pra um plano como aquele sexo oral ou conseguindo fazer um pênis gozando ser uma imagem estranhamente bonita de assistir - acho que só isso já faz ele merecer um prêmio né?


Anagrama de 'filme redoma', e uma boa oportunidade pra pensar tanto isolamento social compulsório. A sala de estar, pro bem ou pro mal, é um mundo, mas nunca assim tão distanciado da vida; é um palco onde se desdobram o prazer da fala e do gesto ensaiados, onde se talham as alegorias da carne (o mito também é sangue do corpo histórico), e onde se experimenta com uma sensualidade lúdica, normalmente reservada pra nichos sociais específicos, mas que aqui, no cinema, se abre na sua intenção mais direta e satisfatória: calor, movimento, gostosura.Um voo figurativo que consegue conceber alguma forma de liberdade breve entre quatro paredes


Este filme é parvo, mesmo muito parvo. E ofensivo. Parvo e ofensivo! As piadas são forçadas, e nunca assumem o estatuto de piada, uma vez que ninguém se ri. Os momentos de comédia não existem! A única coisa que existem é momentos de pura estupidez, que faz uma pessoa revirar os olhos de tal modo que nunca mais os consegue por no sitio. Este filme causa estrabismo!


O filme "Sintonia de Amor" (2003) buscou inspiração em uma produção clássica do ano de 1957 para enfeitar sua história. São as cenas de "Tarde Demais Para Esquecer", do diretor Leo McCarey, que costuram o romance entre os personagens de Meg Ryan e Tom Hanks. Desde a música tema até a cena de reunião no topo do Empire State Building, as alusões são claras e mostram que o amor é uma história que se reinventa, mas mantém sempre a mesma essência.


O lançamento de "Sintonia de Amor" fez com que ressurgisse o interesse por "Tarde Demais Para Esquecer", o que fez com que mais 2 milhões de fitas VHS do filme fossem vendidas nos Estados Unidos décadas depois de sua estreia.


Leitura comentada de trechos do livro Descobri que estava morto, que será publicado nos EUA em 2023, e do romance inédito com publicação esperada para o mesmo ano. Em diálogo com a leitura, serão projetadas imagens do filme A morte de J.P. Cuenca e de um ensaio do fotógrafo Vincent Catala sobre o Brasil. Ambos os livros iluminam pontos da curva de degradação institucional e retrocesso democrático que o Brasil viveu nos últimos anos e serão o ponto de partida para um debate sobre literatura e política no país hoje.


João Paulo Cuenca é escritor e cineasta, nascido no Rio de Janeiro em 1978. É autor dos romances Corpo presente (2003), O dia Mastroianni (2007), O único final feliz para uma história de amor é um acidente (2010), Descobri que estava morto (2016) e das antologias de crônicas A Última Madrugada (2012) e Qualquer lugar menos agora (2021). Seus livros foram traduzidos para oito idiomas e tiveram os direitos comprados por doze países. Descobri que estava morto ganhou o Prêmio Machado de Assis de melhor romance outorgado pela Fundação Biblioteca Nacional em 2017 e foi um dos finalistas do Prêmio Jabuti do mesmo ano. Em 2007, foi selecionado pelo Festival de Hay como um dos 39 jovens autores mais destacados da América Latina e, em 2012, foi escolhido pela revista britânica Granta um dos 20 melhores romancistas brasileiros com menos de 40 anos. 2ff7e9595c


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